Sara Montalvão (1986) é uma artista interdisciplinar, intérprete e criadora, centrando a sua prática e pesquisa em torno do corpo e da dança. Interessa-se pela memória como causa e reflexo das identidades pessoais e coletivas e pela linguagem simbólica e metafórica na sua pesquisa dramatúrgica. Sara é naturalmente motivada por um olhar antropológico que conecta tradições, ritmos e música com expressões contemporâneas, explorando formatos inovadores estabelecendo diálogos entre diferentes comunidades e linguagens artísticas.

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Sara Montalvão licenciou-se em Estudos Anglo-Americanos pela FLUP em 2008. Profissionalizou-se em Buenos Aires como atriz no Estudio de Actuación Augusto Fernandes em 2010. Realizou a formação avançada em criação e composição coreográfica (FAICC) em 2013 com a Companhia Instável, no Porto. Em 2018 concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea (ESMAE/Teatro Municipal do Porto). O último trimestre de 2020 esteve em formação com Olga Alvárez na escola AREA, em Barcelona.

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Fez diversas formações intensivas profissionais com coreógrafos, destacando como maiores influências o que recebeu de Gaga com Batsheva Dance Company e Ohad Naharin, Flying Low com David Zambrano, Improvisação com Edivaldo Ernesto e Horacio Macuacua, Intact Method com Rakesh Sukesh, Fighting Monkey com Natalia Pieczuro, Contact Partnering com Luke Jessop/Ion Tribe e Summer Intensive Performact. Práticas somáticas, inclusive Klein Technique, e em particular Artes Marciais – Kung Fu – tem um impacto forte na visão de Sara sobre a filosofia e pesquisa de movimento que leva.

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Sara tem um percurso particular que dialoga com diferentes disciplinas artísticas e espaços performativos, focando no corpo como o seu veículo principal de trabalho e pesquisa. Inclui diversas práticas performativas e de movimento na sua identidade enquanto artista tais como teatro físico/clown, danças urbanas, ritmos afro-brasileiros, latinos, mediterrânicos e do Médio Oriente. Também constrói e manipula formas animadas e marionetas. Desenvolveu trabalho comunitário e social enquanto formadora de dança contemporânea, teatro e dança inclusiva para públicos de diversas faixas etárias e em diferentes países. Sara já viveu na Escócia, Argentina, Brasil, Espanha, França e Israel.

Criou espetáculos a solo e co-criações. Desde 2013 que vem marcando um percurso constante na área criativa, de formação e enquanto intérprete. Já trabalhou com Mafalda DeVille, Miguel Moreira, José Artur Campos, Teresa Alpendurada, Edgar Pêra, Ana Bacalhau, CiM/VoArte, Teatro do Mar, Ana Mula, entre outros.

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Em 2019/2020 estreou e circulou o espectáculo "Sombras" co-criado e co-interpretado com Diletta Bindi, contando com o apoio à criação da Fundação GDA, em parceria e co-produção com várias estruturas culturais relevantes. Em 2020 realizou "Loop Mental" , uma média-metragem interactiva de vídeo dança junto com o artista visual David Negrão. Em 2021 concretiza um projeto colaborativo interdisciplinar - UNLOOP -  assumindo a coreografia e dirigindo artisticamente junto com David Negrão. Este projecto leva o game design a palco e convoca diferentes intérpretes, buscando diversos territórios. 2022 leva este projeto mais a fundo com a investigação BIO LOOP, imiscuindo-se nos cruzamentos disciplinares entre neurociência, game design, arte visual digital e coreografia.

Atualmente colabora enquanto bailarina intérprete com a inovadora companhia catalã Agrupación Señor Serrano, no projeto “Una Isla”, que estreou no Festival Grec, em Barcelona em Julho de 2023, presentemente em tournée internacional. Sara também começou o projeto Simurgh em 2023, que combina música persa e índica ao vivo com a dança, envolvendo músicos afegãos e outros artistas residentes em Lisboa.

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Sara continua a desenvolver o seu trabalho enquanto criadora, com os projetos UNLOOP e SIMURGH. Unloop investiga a memória e actos performáticos de jogo. Simurgh foca-se no diálogo entre a música do médio oriente e a dança contemporânea, promovendo um intercâmbio de linguagens artísticas e contextos culturais.